segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Adentrando o Templo

Em Maçonaria, pelo que nos é apresentado no 1º Grau, a Marc.˙. é uma das primeiras instruções que nos passam. A Marc.˙., acompanhada dos sinais especiais, é obrigatória para todos os maçons que entram no templo quando os trabalhos são abertos. O significado maçônico da Marc.˙. corresponde à técnica adotada para o candidato à perfeição caminhar do Oc.˙. para o Or.˙. isto é, das trevas para a Luz. Para o Apr.˙. M.˙. há certos termos e Sin.˙., uns mais utilizados e outros menos que, apesar de ritualisticamente serem repetidos em todas as Ses.˙., ficamos a ver navios, sem entender quase nada dos significados e da essência espiritual dos mesmos. Talvez por acanhamento e por ser a Maçonaria, ainda, um mundo novo e cheio de mistérios que estamos penetrando, é normal ficarmos com certo receio em pedir explicações em Loja sobre a essência dessas palavras que aqui vou denominá-las de dádivas maçônicas, pois compreendê-las melhor, não tanto o quanto necessário, mas o primordial para se começar a entender e formar a lógica.

A Marc.˙. do Apr.˙. é composta de T.˙. PPas.˙. iguais e retilíneos, formando uma Esq.˙., começando com o P.˙. E.˙. e apoiado pelo D.˙., porque ele foi colocado no “caminho certo”, porque foi “iniciado”. O Esq.˙. representa, fundamentalmente, a faculdade do juízo que nos permite comprovar a retidão ou a sua falta, ou seja, a forma cúbica das seis faces que tratamos de lapidar a pedra bruta, assim como a de suas arestas e dos oito ângulos triedros nos quais elas se unem, como o objetivo de fazer com que a pedra se torne retangular, como deve ser toda pedra destinada a formar parte de um edifício.

É por intermédio do Esq.˙. que nossos esforços para realizar o ideal ao qual nos propusemos podem ser constantemente comprovados e retificados. Isto é feito de maneira que estejam realmente encaminhados na direção do ideal e que a cada passo do P.˙. E.˙. (passividade, inteligência, pensamento), deve corresponder um igual passo do P.˙. D.˙. (atividade, vontade, ação) em Esq.˙., ou seja, em acordo perfeito com o primeiro.

Reportando-se ao zodíaco, os seus T.˙. PPas.˙. correspondem aos signos, Carneiro, Touro e Gêmeos. No primeiro Pas.˙., correspondente a o signo do Carneiro que está sob a influência de Marte, evoca a idéia de “luta”. Touro, que inspira o segundo, exprime o trabalho perseverante e desinteressado. Quanto a Gêmeos, que está sob a influência de Mercúrio, é considerado signo da fraternidade. Se nos reportarmos aos elementos, o Carneiro é o signo do fogo; Touro, o signo da terra e Gêmeos, o signo do ar. Indicando o primeiro Pas.˙., o ardor; o segundo, a concentração e o terceiro, a inteligência.

Os T.˙. PPas.˙. de sua Marc.˙., os T.˙. AA.˙. do Apr.˙. e, ainda lembrando, as T.˙. VViag.˙. da Ini.˙. são evidentemente o símbolo do Tríp.˙. período que marcará as etapas de seu estudo e de seu progresso maçônico.

Há também, evidente referência dos T.˙. PPas.˙. do Apr.˙. ao conhecimento dos T.˙. PPrim.˙. "números" ou princípios matemáticos do universo: o número um, ou seja, a unidade do todo; o número dois, ou seja, a dualidade da manifestação, e o número três, ou seja, o ternário da perfeição.

Para podermos atingir a perfeição e podermos caminhar do Ocidente para o Oriente devemos, primeiramente, ser iniciados dando assim o primeiro passo na busca do conhecimento.

Com base na simbologia maçônica da Marc.˙. na retidão do Esq.˙. e no trabalho perseverante possamos, cada vez mais, nos desbastar a fim de nos tornarmos uma P.˙. Pol.˙., e que todo o símbolo, todo o rito (que são os símbolos em ação) perdem o seu valor e não passam de “afetação” desde que deixam de ser respeitados exatamente como deveriam ser.


Emanuel Barbosa Coimbra – Apr.˙. Maçom

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